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Caçador de mim


Quando nasci minha mãe me deu uma música, Vida de estudante, e desde então Milton Nascimento faz parte de minha vida. O quanto esta música moldou meu ser, não sei dizer, mas fui desde envolvido pelo espírito de estudante dela, ao ponto disto ser o que mais faço todos os dias, estudar e viver basicamente a partir de tudo que consegui através dos estudos.

Quando fiquei jovem, porém, Milton Nascimento não fez tanto parte de mim e somente retornei a ele em minha maturidade numa busca incessante por uma origem que sentia ter perdido. No caso, uma origem relacionada também ao meu passado musical, ao que escutava quando criança em minha casa, momento em que percebi o quanto meus pais me educaram sempre os ouvidos para aquilo que desperta o ser, a vida e contra tudo que os possa mortificar. Foi quando reencontrei Milton Nascimento e, agora, eu me dei uma música interpretada por ele, Caçador de mim, senão um complemento da que minha mãe havia me dado, ou ainda, a definição para minha Vida de estudante.

É impossível escutar esta música sem perceber o que ela diz de mim, de todos que buscam a qualquer momento um sentido em sua vida. Seus primeiros versos são uma ode aos que buscam viver e, vivendo, buscam um sentido para vida, que pode estar perto ou longe, não importa, ele caça, caçando a si mesmo, como seu destino.
Por tanto amor, por tanta emoçãoA vida me fez assimDoce ou atroz, manso ou ferozEu, caçador de mimPreso a cançõesEntregue a paixões que nunca tiveram fimVou me encontrar longe do meu lugar
 Encontrar-me longe do meu lugar sempre foi algo inevitável. Os estudos sempre me levaram para longe de qualquer lugar que pudesse chamar de meu. As paixões sempre se multiplicaram em mim e eu nelas sem
Nada a temerSenão o correr da lutaNada a fazerSenão esquecer o medoAbrir o peito à forçaNuma procuraFugir às armadilhas da mata escura
Milton Nascimento que estava presente em meu nascimento, tempos depois passou a me dizer o que eu era, ou deveria ser, caso quisesse continuar a ser estudante, pois nem sempre nos animamos para estudar ou pelo que estudamos. Muitas vezes também estudar demais nos desanima, fazendo nos perder no tempo, pondo-nos para fora do tempo, da vida, pois, como também me advertiu Milton me ensinando, "Longe se vai, sonhando demais/ Mas onde se chega assim". Sem, porém, deixar de me fazer pensar em descobrir o que me faz sentir/Eu, caçador de mim, pois parar de descobrir isto é parar de saber quem se é, o que se quer, o que se deve fazer, algo que Milton Nascimento soube sempre cantar em suas músicas nos fazendo pensar que aquele que não Abre o peito à força/Numa procura, não se entrega à paixão pela vida, não é capaz de viver.

Demorei muito tempo para compreender suas palavras devido o esquecimento dele em mim, de mim sonhando demais, indo cada vez mais longe do meu lugar, até que o encontrei senão em mim, pois onde mais poderia estar? Onde mais poderíamos estar senão em nós mesmos? Algo óbvio para muitos, mas muitos que se iludem que sempre estão onde estão sem nunca terem caçado a si mesmo para saber quem são, algo que aprendi e aprendemos senão com a filosofia quando ela também se faz música em nossos ouvidos.


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Perfeição

Perfeição é uma música perfeita. Muitas das músicas da Legião Urbana compostas por Renato Russo são perfeitas, mas nesta ele conseguiu ser perfeito ao mostrar toda contradição humana de forma irônica.

Seu começo icônico Vamos celebrar a estupidez humana/ a estupidez de todas as nações demonstra toda a revolta que ela expõe em seus versos, uma revolta social, histórica contra o indivíduo, a nação, o mundo. A celebração que segue é um desnudar de todas as condições que afligem o ser humano. Uma celebração irônica na medida em que nada do que diz é digno de celebração, mas que não deixa de ser importante que se celebre, pois a celebração é um marco social e histórico, uma passagem de uma condição a outra de nossa existência. Não podemos chegar à perfeição que ele anuncia no fim da música sem passar pela catarse de uma celebração, sem a catarse que a música também produz com seus sons dissonantes.

A música é com certeza a obra de arte mais catártica de todas. Enquanto em outras obras de artes, sentimos uma catarse apenas em determinados momentos de apreciação delas, a música sempre nos envolve desde o início em sua catarse, pois ela atinge totalmente o corpo e não importa o que pensamos no momento, tão pouco se gostamos ou não dela ou do que ela diz. Este é o caso também da música Perfeição que o que é celebrado é tudo aquilo que não queremos sentir, viver, ver na realidade e que expurgamos ao cantá-la com toda a força catártica possível gritando uníssonos aquilo que mais desprezamos.

Cantar a música Perfeição não é de fato, neste sentido, celebrar tudo que ela diz, mas expurgar tudo que é dito nela num ritual de expiação de todo mal presente nela cujo princípio é a estupidez humana e de todas as nações. Uma estupidez que está presente em diversos momentos da vida humana e de uma nação atemporalmente. Cada parte dela que cantamos e celebramos uma estupidez expressamos todo nosso mal-estar social e histórico.

Não é fácil escutar esta música sem se envolver diretamente com alguma parte dela e não sentir a justa indignação que Aristóteles menciona em sua Ética a Nicômaco. Não é fácil cantá-la sem nos deixar levar por uma raiva com tudo que faz mal e está aí, presente no tempo, a qualquer momento. Não é fácil manter a esperança cantando toda a maldade humana e das nações. E não é fácil chegar até a perfeição que nos espera no fim da canção, uma perfeição que somente chega quando a esperança está dispersa por tudo que foi cantado. Uma esperança que a celebração de toda a estupidez humana e de todas as nações a cada verso tenta dispersar, mas que a verdade liberta na medida em que se entra na porta sempre aberta do amor, pois não há esperança sem a verdade e sem amor.

Verdade e amor, estas palavras que compõe a palavra filosofia como amor (philia) e saber a verdade (sophia). Verdade e amor que são senão as únicas condições de um futuro, uma primavera, uma perfeição.




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O que é, o que é

Viver, e não ter a vergonha de ser feliz... Diz Gonzaguinha magistralmente em sua música O que é, o que é. Mas porque deveríamos ter vergonha de ser feliz? O que há na felicidade para termos vergonha dela?

Ao lembrar desta música, não pude deixar de pensar como para muitas pessoas a felicidade é contida a tal ponto de se ter vergonha dela, como é o meu caso, que sempre a contive num parco sorriso, sem muito estardalhar de risos. O que não quer dizer que eu seja uma pessoa infeliz e não cante a vida como Gonzaguinha, uma vida que quase sempre esquecemos o quanto é bonita, e que ele soube cantar tão bem mesmo com todo sofrimento. Pois a música como a filosofia não simplesmente espanta os males, mas nos mostra eles para que possamos sorrir diante deles da melhor forma possível.

Assim, quando Gonzaguinha pergunta E a vida? A vida diga lá o que é, meu irmão? e se propõe não ter vergonha de ser feliz com a pureza das respostas das crianças, ele faz algo que dificilmente conseguimos fazer no nosso dia-a-dia tão corrido: parar um pouquinho e pensarmos na batida do coração, não aquele ofegante atrasado para o trabalho, mas aquele que bate em nosso peito durante toda a nossa vida. O que isto me lembra meu filho e que de vez em quando me mostra surpreso: - Olha, pai, meu coração está batendo? E eu lhe digo: - Ainda bem, meu filho, pois quer dizer que você está vivo!

Sabemos - sim, sabemos - que a vida deveria ser bem melhor do que é, e será desde que queiramos que seja, mas se iludir com uma doce ilusão nos faz vivê-la melhor, mesmo que por breve momentos, não importando se ela é maravilha, sofrimento ou lamento. Nada ou gota, ela é sempre aquilo que extravasa nosso ser como um mistério profundo que fazemos como der, puder ou quisermos, ainda que seja um erro querer e a cabeça se agite com uma pergunta sem resposta.

E o que importa? Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz sem esquecer que a vida é bonita, é bonita, é bonita.


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Sósereiseuseforsó/Nuvem passageira


Não importa o que fizermos, sempre estaremos só. Mesmo que sejamos de alguém, estejamos com alguém, seremos só. Ser só é a condição de nossa existência que é senão uma nuvem passageira.

Não me lembro a primeira vez que escutei a música Sósereiseuseforsó/Nuvem passageira, da big band Karnak, tal como eu defino esta banda única, criada pelo único André Abujamra, como são únicas suas músicas, suas interpretações, a existência e como são únicos os momentos em que a vivenciamos. Sei, porém, que não deve ter sido diferente de outros momentos em que a escutei, apesar de não serem os mesmos. Pois é impossível ficar indiferente ao que ela produz em que a escuta desde seu solo inicial de guitarra e os primeiros versos: Eu sou só, estou só/Só serei seu se for só, eu sou só, ou ainda, aos versos seguintes, que remetem cada vez mais quem escuta à profundidade de seu ser na efemeridade de uma nuvem passageira, do cristal que se quebra quando cai ou da pedra que se transforma.

Tudo nesta música nos faz pensar em como nossa existência é um castelo de areia na beira do mar, isto é, um encontro que Walter Benjamin definiria como a de uma reta tangenciando um círculo, este momento em que a história em seu círculo ininterrupto de existência se abre para um infinito desconhecido de ponta a ponta de uma reta.

A impossibilidade de superarmos a solidão de nossa existência define nossa história e cada vez que estamos com alguém uma ponte se abre em nosso círculo existencial, mas logo se fecha para não se desfazer. Corremos sempre contra o tempo desta abertura em que deixamos de ser quem somos e passamos a ser outros, perdendo nossa identidade, nossa diferença no mundo. Somos sós, estamos sós, só podemos ser de alguém sós, isto é, sendo nós mesmos, únicos no mundo em nossa solidão.

Eu sou só, estou só... Os versos iniciais dessa música dizem o que precisamos saber sobre nós. Mas isto é apenas o que precisamos saber. O que eles querem dizer, somente existindo podemos saber. E para aqueles que pensam que a solidão é algo execrável, o ditado "Antes só do que mal acompanhado" nos adverte que a solidão não é algo tão ruim assim e apesar do lamento que a música possa nos trazer, basta deixarmos entrar pelo ouvido externo seus acordes de guitarra para ouvirmos o martelo, a bigorna e o estribo nos anunciar que há algo bom por trás de todo este lamento.


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Panis et circenses


Panis et circenses é uma destas músicas que é preciso ouvirmos com o ouvido médio ainda mais nos tempos em que o terror parece dominar a mente de todos que matam e mandam matar por qualquer motivo, pensando apenas em "nascer e morrer". Ela não é uma música fácil de se ouvir, como muitas das que se ouviram aqui com os ouvidos externo, médio e interior da filosofia. Não planejei começar com ela este blog que já algum tempo soa como música nos meus ouvidos. Um blog feito para ouvir o som das palavras cantadas nas bocas de muitos, ouvidas por poucos que as apreciam, mas sempre tendo algo a dizer para aqueles que sabem ouvir a filosofia que há nelas. Uma filosofia feita de música, tocada para quem consegue ouvir seus acordes dissonantes.

Há muito Panis et circenses é ouvida por mim, deste que comprei o CD Tropicália ou Panis et circenses, no qual ela é um dos títulos, pois, o ou nem sempre é o signo de uma exclusão como muitos pensam. Ele é o símbolo mesmo de que as coisas podem ser trocadas, se transformam em outras sem qualquer problema, pois assim o ou indica em sua imanência absoluto enquanto identidade de diferenças na qual não há exclusão de partes, apenas união delas num todo sempre invisível aos olhos delas. O ou é aquilo que torna tudo mutante na língua e fora dela e só quem tem ouvido mutante pode ouvi-lo em sua dissonância, como na música Panis et circenses cantada pelos Mutantes, em 1969, na França, bem como em todo o álbum de músicas da qual ela é título. O ou ademais é o próprio movimento da Tropicália expresso nesta música, que quer cantar uma canção iluminada de sol, mas as pessoas na sala de jantar/ são ocupadas em nascer e morrer.

Cantar uma canção iluminada de sol também é o objetivo deste blog que, por mais triste que seja a música, mais lamentosa que seja ela em seu ritornelo, ela é e sempre será atemporal aos ouvidos de todos que a consigam ouvir como uma filosofia cuja ideia nunca morre, pois ideias são à prova de balas como as músicas e que como estas quando cantamos, mandamos a tristeza embora e a solidão já não mais apavora.

Soltemos então os tigres e os leões nos quintais, pois a filosofia é música para os ouvidos, os meus e de quem quiser ouvir, mesmo que não os tenha. Plantemos folhas no jardim do solar, pois as folhas sabem procurar pelo sol, e as raízes, procurar, procurar... A felicidade, a felicidade, ainda que a tristeza seja infinita. E Chega de saudade ou não, pois ouvir Os mutantes é ouvir um pouco da realidade de nossa vida que deve ser vivida sempre de um modo diferente das pessoas na sala de estar.

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Filosofia é música para meus ouvidos



Filosofia é música para os meus ouvidos. Às vezes alegre, às vezes triste, às vezes um lamento, mutante sempre como os sentimentos que as músicas produzem em nós.

É incrível como as músicas que fizeram época nas décadas de 60 ao início de 90, e talvez antes destas, são atuais em sua retratação do país e da indignação que acontece com ele ao ponto de muitas poderem facilmente ser ouvidas como uma crônica cruel de nossos dias atuais. Mais incrível ainda é constatar que nenhuma das músicas atuais demonstra tamanha percepção da realidade que vivemos hoje tal como as músicas daquela época representam o que demonstra claramente como uma alienação total tem regido a vida não apenas política, mas também cultural do Brasil.

Não importava se era Bossa Nova, Tropicalismo, Pop Rock Nacional, Samba, Sertanejo ou Forró de pé de serra ou outra nomenclatura esquecida aqui dos estilos musicais naquela época, todas elas representavam um país cheio de fraturas regionais, com anseios diferentes, mas sempre retratando uma realidade tão triste como esperançosa existencial, social e politicamente. Não canso de me espantar ao ouvir e a lembrar de músicas deste tempo cantada por cantores que não tem a popularidade que muitos têm hoje, mas eram não menos "populares" em suas músicas ouvidas e cantadas com uma força de ânimo mesmo quando saíam da voz cadenciada de João Gilberto cantando Pra que discutir com madame, numa ode ao combate ao preconceito de classe, de cor e cultural. Músicas que embalavam "festivais" que nunca serão comparáveis aos atuais, tamanha a disparidade dos atuais em relação aos daquela época. Festivais que eram sobretudo momentos em que toda a vivência social e política da época era vivida num único tom, num único verso, numa única música que não fazia sucesso pelo rosto bonito de um cantor ou pela sensualidade de uma cantora, mas pelo que cantava de tragédia, de esperança ou de crítica que fazia à vida presente de cada um.

Difícil ouvir Geraldo Vandré cantando Vem, vamos embora, que esperar não é saber e não sentir todo o afã de um momento compartilhado por todos e em relação ao qual todos esperavam mudanças. Difícil não ouvir na boca de Zé Ramalho um triste retrato de nossos tempos ao cantar Admirável Gado Novo numa clara ressonância do romance de Aldous Huxley e da cultura beatnik em nossos ouvidos, quando a música cantava a literatura e se confundia com ela ao ponto de uma grande discussão existir se as letras de música são ou não poesia, devem ou não serem vistas como literatura. E mais difícil ainda não constatar a admirável precisão que os ficcionistas têm da realidade que hoje "O povo foge da ignorância/Apesar de viver tão perto dela" como Zé Ramalho cantou.

Inumeráveis são as músicas que retrataram esteticamente o país em suas dores mais profundas, mesmo quando cantavam alegremente como quando Luiz Gonzaga canta A vida de um viajante e todo seu lamento se torna o nosso de andarmos sem saber pra onde, desbravando sertões em seu coração e no nosso também na esperança de descansar feliz. Ouvir e cantar estas músicas nos fazem reviver uma época em que a música afugentava nossos temores de um tempo sombrio e nos projetavam num futuro a partir de um presente no qual quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Um tempo que se rói de inveja tentando saber como morremos de amor para tentar reviver com todas as dores que sentimos cantadas por Nana Caymmi e outros docemente.

As músicas sempre fazem parte da vida cultural de um povo, mas enquanto algumas delas fazem o povo se divertir sem pensar em sua vida, outras fazem ele pensar no que há em sua vida de errado e quererem mudar. Muitos são os que cantam este país ainda com a glória de olhá-lo com os olhos de antanho, não revivendo um passado, mas pensando o nosso presente e nosso futuro como antes era pensado, seja individualmente em nossas dores na alma, existenciais, seja em nossas dores coletivas, sociais e políticas. Contudo, muito mais ainda são os que cantam para esquecer seus males sociais e outros esquecerem os seus, vivendo uma alienação em relação à época em que vive e tudo que há de errado nela.

O fato de não ouvirmos nas vozes dos mais populares cantores "pop" de hoje em dia as dores existenciais, sociais e políticas de nosso país, mas lamentos infantis por amores perdidos que o brega mais sofrido consegue ser melhor em sua representação da dor mesmo com todo o estigma que há nele, só demonstra como esquecemos que a cultura de um povo não apenas lhe representa, mas lhe molda o ser e que os moldes da cultura brasileira hoje em dia são os moldes de uma opressão que também as músicas representam alienando a vida de muitos sem fazer com que percebam que o que há em nossa frente, é pau, é pedra, é o fim do caminho... Mas não são os das Águas de marçoanunciando o verão cantadas com a alma jopliana de Elis Regina na qual cada verso canta o fim, mas também a promessa de vida que esperamos sempre em nossos corações.

Uma esperança que é a de que A banda passe novamente em nossas vidas cantando coisas de amor, como cantou Chico Buarque, pois Há tempos que ela não passa, pois com cada qual no seu canto/ Em cada canto uma dor não é possível vivermos felizes mesmo que se possa cantar Pro dia nascer feliz diante de toda a indignação e indagação de Que país é este? constatando que, em boa parte, a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante, ou de cerveja, e que muitos querem viver cantando não suas dores, mas a dor dos outros esquecidos nas baladas da vida.

Por fim, nada melhor do que Gonzaguinha cantando a alegria de ser um eterno aprendiz perguntando-se sempre como filósofo, O que é, o que é? apesar da resposta ser sempre a mesma, a vida, em sua Metamorfose ambulante. O que é pensando deste modo que este blog passou a existir, para ouvir, cantar e pensar a realidade da nossa vida a partir de filosofias que são músicas a meus ouvidos e dos que quiserem ouvi-las comigo.

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